As vacinas, logicamente, possuem importante papel no tratamento e cura de doenças.

Práticas, elas são facilmente aplicáveis e, se comparadas a outros tipos de tratamento de doenças, sem dúvida são menos “intimidadoras”.

Aparentemente, falar de vacina parece fácil. Porem, há certas dúvidas gerais sobre esta que nem todo mundo sabe as respostas.

Pensando nisso, a equipe médica do Lavoisier Medicina Diagnóstica/DASA reuniu uma série de questionamentos de pacientes referente a este assunto. Confira logo abaixo:

Qual o melhor horário para se tomar vacinas?
As vacinas podem ser tomadas em qualquer horário do dia.

Pode-se tomar mais de uma vacina de uma só vez? 
A maioria das vacinas pode ser aplicada simultaneamente ou em dias próximos. Somente as vacinas com vírus vivo atenuado como, por exemplo, da rubéola, varicela, febre amarela, sarampo e caxumba, quando não aplicadas simultaneamente, necessitam de um intervalo de 3 a 4 semanas entre as aplicações. Não há limite máximo de vacinas que podem ser aplicadas no mesmo dia. Pode-se aplicar duas ou mais vacinas em locais diferentes ou pode-se utilizar vacinas combinadas (1 vacina contra mais de 1 doença). Esta associação traz maior conforto ao paciente, não apresenta maior incidência de efeitos adversos e não implica em alteração do efeito de cada um dos componentes.

Pessoas doentes podem tomar vacina?
Como regra geral, não existe contra-indicação absoluta para se adiar uma vacina devido a quadros agudos. No entanto, a presença de febre pode gerar confusão entre uma doença em fase inicial com os possíveis efeitos colaterais da vacina, optando-se habitualmente por adiar a vacinação.

Por outro lado, em casos de risco elevado de surtos de doenças ou epidemias, onde campanhas de vacinação se façam necessárias, a vacina é indicada independentemente de sintomas corriqueiros. As instruções do Ministério da Saúde devem ser seguidas neste cenário. Nesta situação em particular o benefício da vacina será maior do que sua contra-indicação. Dessa forma, a atitude recomendada é baseada no bom senso: quando possível, a vacina não deve ser aplicada na presença de febre alta, mas estar levemente resfriado não contra-indica a aplicação. O médico assistente é o profissional indicado para orientar o paciente nesses casos.

Pode-se tomar vacinas estando em uso de medicação? 
Sim, é possível. As medicações habituais devem ser tomadas normalmente, não devendo ser suspensas antes da vacinação. Deve-se somente avisar ao laboratório sobre o seu uso, prestando especial atenção para anticoagulantes e drogas que alterem o sistema imunológico. São raras as contra-indicações de vacinas devido ao uso recente ou atual de medicamentos.

Quais os principais efeitos colaterais das vacinas? 
A maioria das vacinas é extremamente segura e costuma causar no máximo uma leve dor local devido à aplicação. Eventualmente podem ocorrer sintomas inespecíficos como febre baixa e mal-estar. A maior parte dos efeitos adversos irá depender do tipo de vacina, forma de administração, número de doses (nos casos de vacinas que necessitam de reforço) e da resposta individual de cada paciente.

Quais são as contra-indicações das vacinas? 
A vacina não deve ser aplicada em caso de alergia a algum dos seus componentes e em caso de reação anterior à mesma vacina. As vacinas de vírus vivos atenuados (rubéola, varicela, sarampo, caxumba) não podem ser aplicadas em pacientes com deficiência do sistema imunológico ou gestantes.

Há alguma contra indicação para a vacinação durante a gestação? 
A vacinação durante a gestação não é contra-indicada, exceto para vacinas de vírus vivos atenuados ou em casos de alergias. Somente para citar, existem diversas vacinas que estão especialmente indicadas para as grávidas, como a vacina contra gripe, hepatite e a vacina para tétano.

Como saber se a vacina aplicada é de confiança?
As vacinas são fabricadas por laboratórios nacionais e internacionais e são submetidas a controles de qualidade do próprio fabricante e do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde do Ministério da Saúde (INCQS). Somente após aprovação são liberadas para uso. As vacinas devem ser armazenadas e conservadas sob condições adequadas de temperatura. Portanto, certifique-se que o lugar onde você se vacina realiza este controle.

Se eu já tive a doença contra a qual estou me vacinando ou se já tomei a mesma vacina anteriormente eu posso ter algum problema se tomá-la novamente? 
Não existe contra-indicação absoluta de repetir uma vacina que já tenha sido aplicada anteriormente ou de uma pessoa que já teve a doença receber esta vacina. Entretanto, diversas doenças conferem imunidade (proteção) definitiva e, nestes casos, não há indicação da vacina, mas é fundamental que tal diagnóstico tenha sido feito com certeza absoluta. Não basta achar que já teve uma doença para ficar protegido. Caso você queira confirmar se já apresentou alguma doença anteriormente, converse com seu médico e ele poderá pedir exames que ajudarão nesta confirmação.

Apenas crianças devem ser vacinadas? 
Não. Apesar de a maioria das vacinas serem aplicadas na infância, existem algumas que devem ser aplicadas ou reaplicadas nos adultos. Alguns exemplos importantes são: reforço a cada 10 anos da vacina antitetânica e a vacina contra pneumonia após os 65 anos. Outro exemplo são os viajantes que, dependendo do destino, podem necessitar imunização para uma série de agentes como os causadores de raiva, meningite, hepatite, febre amarela etc.

A vacina da gripe pode causar gripe? 
Não. Apesar de esta frase ser repetida por muitas pessoas, é fundamental compreender que a vacina da gripe não contém vírus vivos. Portanto, não há como ela causar um quadro gripal. O que muitas vezes ocorre é o fato de as pessoas se vacinarem no momento em que o vírus da gripe (Influenza) já estar em período de incubação no organismo e, desta forma, a vacina não ter tempo para induzir à formação de anticorpos. Outra situação comum é confundir gripe com resfriado. São duas palavras que a maioria das pessoas usa como sinônimos, mas tratam-se de doenças completamente diferentes. Além disso, é importante lembrar que para o resfriado não existe vacina.

Em quanto tempo devo esperar que a vacina estará me protegendo? 
As vacinas necessitam de um certo tempo para induzir à formação de anticorpos e, assim, nos proteger e este tempo varia de uma vacina para outra. Mas, na média, são necessárias de duas a quatro semanas.

Se o meu médico der uma orientação diferente das fornecidas pelo laboratório, qual seguir?
As orientações fornecidas pelo laboratório servem como um padrão de orientação sobre as condições ideais para a realização dos exames. No entanto, o médico pode se deparar com situações que exigem condições especiais. Assim, sempre que o médico fizer uma orientação especial, esta deve ser seguida. O ideal é que esta orientação venha por escrito no pedido médico.

Fonte: http://www.planetamedico.com.br/materias/index.asp?id=5741